Agosto
Agosto
Ser e crer ser agonizado de saber e sentir.
Aceitar e duvidar da própria verdade
querer fugir e ficar com tudo de uma só vez.
Esfole os olhos no dia e vendaval,
e chora como uma criança pelo peito sagrado.
Tentar e precisar dizer sem saber o que é...
Meus sonhos, estes nem mais os entendo.
Suplicar os ossos a erguer e suportar o passado
bebendo as noites e continuar sedento.
O espiro contado em livros empoeirados
pelos cadeados quebrados de certos corações
de certo tempo.
Viva um agosto a mais e diga se é real,
desbota o que não tem cor aos olhos
Reluz a escuridão vadia;
Não há quem tenha piedade do que não sente.
Diante destas lindas estrelas, é uma mão branca,
que vejo me confortar,
e ela dói em silêncios absurdos...
E me conforta neste agosto,
a esta arte que lhes dei.