Quando te sinto longe...

Quando te sinto longe,

Sinto-me tão mal...

Em verdade, vejo-te

Monge surreal,

A meditar ao acaso,

Nossa aurora boreal...

Quando te sinto longe,

Parte de mim sangra

De um só vermelho

E na influencia da lua

A noite é carência tua

Mas é no quarto sonolento,

Que o vento traz tua essência

Quando o rosto se acende

E à solidão se rende.

E é na cama sem intento,

Que tua camisa exala

O cheiro da tua epiderme

Que me serve como alento.

Sobre a cabeceira,

O vento folheia o livro...

Aberto aos olhos desatentos

Pela foto que no peito aperto.

Num repente cai a cabeça

Sobre o velho travesseiro.

Pobre de mim, sem você...

Sem a sombra do seu colo

Sou flor debruçada sobre o solo.

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 12/06/2018
Reeditado em 12/06/2018
Código do texto: T6362601
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