11 DE JUNHO, DEZ PARA A MEIA NOITE
raios vibram na terra indócil
trovões e tambores percutem
bocas umedecem
em dialetos incompreensíveis
olhos emudecem as faíscas
que brilham dentro das pálpebras, arco na íris
não há fronteiras para corações largos
que desconhecem geografias e fronteiras
só
o cérebro se ocupa de burocracias
como interpretar sinais dentro do abraço
e explicar o que é tempo e espaço