VICIADOS

VICIADOS

Procuro atalhos

Procuro galhos

Alhos e bugalhos

Perco-me no caminho

Caio da árvore

Encontro bagulhos

E me entrego a delírios

Vejo lírios

Onde há capim

E tudo em mim

Vira deserto

Ninguém por perto

Em má companhia

Sigo sozinho

Todo em desalinho

Pelas ruas da cidade

Nuas de almas

Nada acalma

Resta apenas

A dor da vicissitude

Presente desde a juventude

Em destino irrequieto

Repleto de ervas pedras e pós

Aos poucos desabando

Em efeito dominó

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 10/06/2018
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