Oferenda às horas
Assim Correm as horas
Enfeitadas de fino tecido de seda
Deixam transparecer as tuas formas sinuosas
Assim Passam as horas
Disfarçadas em vestes maltrapilhas
Deixam transparecer as formas das tuas cicatrizes
Assim esperamos as horas
Para um encontro amoroso
Deixando transparecer os nossos desejos
Assim as horas como uma ladra de surpresa
levam os nossos momentos
Assim curtimos as horas
Deixando para ela a ociosidade dos nossos momentos
Nelas realizamos a nossa saga de aventureiros
Desbravadores de um mundo estranhamente temporal
Somos todos passageiros
Hoje noviços, amanhã velhos senhores
O que restará ao homem quando as máquinas
Substituírem todo o seu trabalho?
Qual oferenda oferecerá ele às horas?