SONHOS,NADA MAIS...

Aos descerrar a janela do meu olhar

deito-me sobre as suas lembranças

repousadas nas redes das saudades

o quão intrínseco o fora

nossas amenidades.

A brisa arrasta ainda o seu perfume

que depaupera-me em cicatrizes

vivências tatuadas na alma

indeléveis na pele e matizes.

Seu corpo amoldado ao meu

entrelaçados em concubina

gemendo em êxtase

derruindo-me por inteiro.

Apenas sonhos, nada mais

Apenas resquícios

das suas lisas e negras guedelhas

seu cheiro inebriante

aromas da sua rosa vermelha.