um fio de luz
Sobre a pedra
Sou espirrado em muitos lagos,
Sei da noite, inclusive dessa que
Bate asas sob a luz do sol.
Derreter o muro ou o mundo?
Não sei de qual falo, certas aventuras
Deixam de ter graça quando fim não
Nos leva a nada, sou duro dentro dessa
Casca, durmo e acordo com a mesma máscara,
Sob o forro dos bons modos, bagos de sonhos
Despedaçados, detritos de um tempo que
Não se expressa, ou por não saber de si, ou
Porque mortos não falam, continuo na minha
Embarcação, tem dias bons, outros nem tanto,
Mas todos tem esse fio de dúvida em cada canto.