PASSARINHO NA ARAPUCA

Quem me vê, assim, tão calma,

tão centrada, sossegada,

acha que eu não tenho alma,

e que sou alienada...

Como ter paz neste mundo?

Olhar tudo e não sofrer?

Morrer a cada segundo...

Como nunca estremecer?

Não é que eu não me importe...

Claro que tudo me afeta...

Mas revelo o meu suporte,

vaticínio de um profeta...

Tudo passa e sobre pedra,

não ficará um reinado.

Então sob a sua cátedra,

o meu ser apaziguado.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 07/06/2018
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