PASSARINHO NA ARAPUCA
Quem me vê, assim, tão calma,
tão centrada, sossegada,
acha que eu não tenho alma,
e que sou alienada...
Como ter paz neste mundo?
Olhar tudo e não sofrer?
Morrer a cada segundo...
Como nunca estremecer?
Não é que eu não me importe...
Claro que tudo me afeta...
Mas revelo o meu suporte,
vaticínio de um profeta...
Tudo passa e sobre pedra,
não ficará um reinado.
Então sob a sua cátedra,
o meu ser apaziguado.