AMPLEXO
Minha alma te pede desculpas
Pelas noites que não te abracei
Nem minha face a roçar tua face
Nem meu corpo ancorando o teu
Quando em sonhos tua imagem desce
E rasga da escuridão o véu
Que envolve uma ilusão absoluta
Encontro enfim uma realidade oculta
Que não vivi de fato... mas ah! Como sei!
Como uma história que não aconteceu
Ou letras de canções que ainda não criei
Ouço sons do futuro (Possíveis ecos de futuro)
Em notas diminutas
E do outro lado as escuta
Quem não as viveu.
Futuras melodias do passado
Embalam espaços recém-descobertos
Espirais de tempo que não precipitou
Em unidades no universo conhecidas
Condensam núcleos de segundos imaginários,
Complexos... Em ondas de um amor involuntário
Amplexo... Campo de calor em fogo aberto
Aquece os corpos do sonho, adormecidos
E sopra desejo e cheiro encantados...
E Incandescentes...