AMPLEXO

Minha alma te pede desculpas

Pelas noites que não te abracei

Nem minha face a roçar tua face

Nem meu corpo ancorando o teu

Quando em sonhos tua imagem desce

E rasga da escuridão o véu

Que envolve uma ilusão absoluta

Encontro enfim uma realidade oculta

Que não vivi de fato... mas ah! Como sei!

Como uma história que não aconteceu

Ou letras de canções que ainda não criei

Ouço sons do futuro (Possíveis ecos de futuro)

Em notas diminutas

E do outro lado as escuta

Quem não as viveu.

Futuras melodias do passado

Embalam espaços recém-descobertos

Espirais de tempo que não precipitou

Em unidades no universo conhecidas

Condensam núcleos de segundos imaginários,

Complexos... Em ondas de um amor involuntário

Amplexo... Campo de calor em fogo aberto

Aquece os corpos do sonho, adormecidos

E sopra desejo e cheiro encantados...

E Incandescentes...

Dissonâncias da alma
Enviado por Dissonâncias da alma em 06/06/2018
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