Ah!
Ano que vem...
anos se vão...
dias que tecem proteções...
estações de partidas...
se espera...
se vão...
outros tons...
canto degrade...
anoitece...
a madrugada gira em dia...
dias inteiros preguiçosos...
adormecem as horas, e balança os minutos que ninam...
e o nada desperta sem pressa...
aonde a sombra escorrega lentamente e se clareia...
mudando de lado a luz desliza na escuridão...
e o dia cresce...
acordando e acordando...
num acordo lento, num giro compacto...
suas mãos acariciam cada espera...
cada pressa de vencê-lo...
e ao menos se espera...
e o mais acalenta sua real aparência...
cansa,
ah!
Diminuta espera...
um olhar nas alterações do tempo sobre o colo de tudo...
teus lábios nos meus...
parados no tempo...
nosso...
o tempo abraça e faz de nós seu colo...
e gira...
num tempo de beijos e abraços...
somos sombras e luzes...
giros e rodopios...
deste tempo e seu amor...
fazemos passos pensantes...
neste singular jardim...
de vida sem fim...
meu ramalhete...
teu vasinho...
plantados nestes...
campos dos tempos...
e florescem...