Via de regra

Eu cato palavras de amor

No mato, cidade ou no mar,

É fato que sou sonhador.

No entanto, é preciso notar

Que o encanto vai sempre passar

No canto de quem confundir

Um gesto gentil com amar.

Não presto a iludir nem ferir.

De resto, me afrouxe esse laço;

Se um dia eu sumir de uma vez,

E, via de regra, é o que faço.

Diria um alguém que é rudez,

Diria outro alguém que me entende,

Pois nada é tão só divergente.

Cartada final, subentende-se:

Não dá pra agradar toda gente.