AMANHECER
O sol robusto acordou cedo,
Estirou seus raios
E matizou de ouro
O arvoredo.
A palmeira ainda menina
Desfaz suas verdes tranças,
Que a aura matinal,
Agita e balança.
Das glicínias escorre orvalho
Como lágrimas adolescentes
Que, sob a luz solar
São pérolas reluzentes.
Ouve-se na mata o barulho
Da natureza que desperta,
Do gorjeio dos pássaros
No doce embalo dos ninhos
Muge o gado nos currais,
Principia o monjolo a bater,
E as andorinhas nos beirais
Saudando o amanhecer
Como é bom ter olhos e ver
A natureza em seu fulgor.
E de mãos postas a cada amanhecer
Humildemente agradecer o Criador.