ARTIFICIAL

ARTIFICIAL

A claridade entra pela janela

Antes fosse a luz do luar

Mas não

É luz artificial

Oriunda de um poste

Que ocupa o lugar que já foi árvore

Dá luz mas não emociona

Não tem folhas ou flores

Não tem formigas passeando

Passarinhos pousando

Borboletas desfilando

Ninhos com vida

É de concreto aparente

Sem nenhum parentesco

Com a natureza

Apenas sustenta uma luz

Que ilumina o caminho

Mas não provoca frissons

Pois mingua o brilho

Da lua e das estrelas

Apagando o divagar

Fazendo da noite

Um disfarce de dia

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 04/06/2018
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