ARTIFICIAL
ARTIFICIAL
A claridade entra pela janela
Antes fosse a luz do luar
Mas não
É luz artificial
Oriunda de um poste
Que ocupa o lugar que já foi árvore
Dá luz mas não emociona
Não tem folhas ou flores
Não tem formigas passeando
Passarinhos pousando
Borboletas desfilando
Ninhos com vida
É de concreto aparente
Sem nenhum parentesco
Com a natureza
Apenas sustenta uma luz
Que ilumina o caminho
Mas não provoca frissons
Pois mingua o brilho
Da lua e das estrelas
Apagando o divagar
Fazendo da noite
Um disfarce de dia