Ranciedade
A gente se apressa logo cedo, mesmo sem compromisso algum
E pensa que vai acontecer algo, o coração começa a palpitar
Se o dia está frio, tudo fica mais sombrio, e tétrico nos toca o ar
Logo bem cedo, e porque dormiu cedo, cada vez mais, em segredo
Apressando as horas, perdidos "agoras", andando erguido e com medo,
Dormir tem despertado o vazio do tempo, que não castiga o sono
Mas a gente sabe que isso é invento, dormir é um grande abandono
As coisas estão acontecendo, e os sonhos não reproduzem
Muitos dos outros, monitorando e não tocando, vaidades que reluzem
E o que se pensa: O sol brilhando, tudo se equilibrando,
E a vida, uma história na cabeça de um, um momento vivido,
Após um fadigado compromisso de nascer, e apressado a viver
Mas cansativo se torna, e o infarto vem a qualquer hora,
além de que despertar os outros é cada vez mais inútil,
Então, só se quer dormir. Não com eles, mas seus jazigos!