O CRAVO E A MARGARIDA
A Rosa charmosa,
Se achando gostosa,
Esnobou o pobre Cravo
Dizendo-lhe, escandalosa:
“Você está feio e magro!”
Ele ficou muito bravo
E pôs-se a pensar:
“Vou pra uma academia
Me exercitar e malhar.”
O Cravo malhou, malhou e ficou forte
E, como ele, por sorte,
Gostava muito de esporte,
Virou logo um craque,
Ganhando destaque
No time de futebol.
Lá ele fez amizade
Com o artilheiro, o Girassol
Que, um dia, lhe apresentou
Sua prima Margarida,
Florzinha mimosa e querida,
Que por ele logo se apaixonou.
Margarida ia ao clube
Vê-lo jogar e lá na torcida,
Virou sua fã ardorosa,
Olhando pra ele toda melosa...
O Cravo garboso então,
Agora bonito e fortão,
Notou a Margarida bela
E teve um “crush” por ela.
Um dia, vendo-a na janela,
Ao passar para treinar,
Perguntou à Margarida:
“Quer comigo namorar?”
E a resposta veio na lata:
“Claro que sim... sempre estive a fim!”
A Rosa invejosa,
Ao saber da história
E, tendo visto o Cravo fortão,
Reapareceu bem dengosa,
Se achando dona da situação
E querendo conquistá-lo
Assim, de supetão.
Mas ele nem lhe deu bola
E foi logo dizendo:
“Oh, dona Rosa gabola,
Sai da minha cola
Que estou compromissado.
Eu vou me casar neste sábado.”
E assim, a graciosa Margarida,
Toda de branco e amarelo vestida,
Com o Cravo fortão se casou
E logo depois engravidou.
Teve gêmeos menino e menina,
Flores mimosas e coloridas,
Cheirosas e muito queridas:
O Margaricravo e a Cravogarida.
E agora, para pôr fim a esta história
E proclamar do amor, a vitória,
Aqui vai o “happy end:”
Esta linda família florida
Foi feliz por toda a vida.
Ah! Quanto à Rosa invejosa,
Ficou feia e desgostosa,
Murchou... desbotou...
Ficou toda despetalada,
Mas deu a volta por cima...
Deixou o orgulho de lado
E foi pra academia malhar,
Pra ficar com o corpinho sarado...
Foi também ao salão,
Fazer uma transformação
Pra arranjar um namorado.
A fila anda, gente,
E o tempo não fica parado!