BUSCA AO INICIO

Fujo do tenebroso vazio exterior

Vestindo o sol, rasgando a solidão

No sal do âmago da melhor canção

Que nasce todo dia em nova flor

Os dias seguem sempre tão iguais

O tempo até parece não existir

Não há de onde chegar nem partir

Só momentos de milagres fatais

Não há feriado nem estação

Só um espaço neutro, um tempo morto

Desbotando em calendário roto

Pendurado Numa verdade de ilusão

Me descubro cada vez mais dentro de mim

Na busca incessante ao começo

Ao inicio anterior ao tropeço

Ao silencio estridente depois do ultimo fim.