PALOR MEDONHO

Nada é silêncio. Agora tudo é algazarra.

Charcos escuros sem jardins. Imundície

Da favela mental que fede na superfície

Do pensamento de formatação bizarra.

Sem luz. Sem calor. Indecoroso é o frio

Que congela a tétrica consciência febril

E inunda o espaço dum corpo sem estio

Aliciando os mistérios desse mar bravio.

Cerram-se todas etiquetas do raciocínio

Que não habitam o pátio do condomínio

De um esqueleto massacrado por inveja.

Derradeira agonia da audácia sem nome

Em cujos dissabores a anarquia consome

O instinto alquebrado por ousadia brega!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 03/06/2018
Código do texto: T6354455
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