PERPÉTUO

Sou para a vida ou a vida é para mim?

Questionamento que fico sem repouso,

Porquanto o tempo para mim é pomposo

E eu para o tempo não sou eterno, sou fim.

Quem me dera ser os minutos do relógio!

Os ponteiros trabalhariam de modo inverso,

Só assim, com compostura, escreveria versos

Que teriam, um dia, a satisfação do necrológio.

Infelizmente o tempo avança... Tudo fica atrás

E, dentro da cronologia, de criança fui o rapaz

Que viveu e viveu até consumar-me um idoso...

As horas não enganam, o tempo é que é linear

E, como sou fim na vida, hei de me perpetuar

Através dos poemas, pois, estarei sempre novo!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 02/06/2018
Código do texto: T6353701
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