APÓS A MORTE
Um dia
Ou numa noite
Ou a tarde
Ou a qualquer hora
Ou agora
Ou qualquer instante
Eu partirei
Quando não sei
Só sei que no vento da madrugada
Sentirei o vento no suave mistério
Na cidade do meu andar
Do nada serei
No meu repouso
Lembrar-me-ei que morri
Deixei minhas vestes carnais
Já em ação os vorazes vermes
Esses pequenos esbranquiçado
Adentro das víceras com sangue talhados
Comem, é a vida finalmente
Declarada em guerra,
A morte não é nada
Apenas uma passagem
Este é o trilho da imortalidade
E que a morte seja bem vinda.