Meia-noite

A demora do ônibus cansa-me

nesse pensamento brusco.

A sanidade quer bis cerrado bêbado,

e quando presente: impossível.

Enveneno o elevador onde estavas.

Imaginário corpo também reaparece.

Neste lance, eu consumo o couro

surrado e parvo - durmo contigo

diariamente.

Um botijão prestes a cantar

na beira de rio, margem da

coluna deteriorada.

Há sopro, a partir do odor só

sorrisos para mim, que passa

obscuro.

Desvesti o tempo, todavia apalpei

a massa possessa desprendida

do espelho completo.

Agora afago o tremor das mãos

com seus drinques de jazz anoitecido.

André SS
Enviado por André SS em 02/06/2018
Código do texto: T6353439
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