Meia-noite
A demora do ônibus cansa-me
nesse pensamento brusco.
A sanidade quer bis cerrado bêbado,
e quando presente: impossível.
Enveneno o elevador onde estavas.
Imaginário corpo também reaparece.
Neste lance, eu consumo o couro
surrado e parvo - durmo contigo
diariamente.
Um botijão prestes a cantar
na beira de rio, margem da
coluna deteriorada.
Há sopro, a partir do odor só
sorrisos para mim, que passa
obscuro.
Desvesti o tempo, todavia apalpei
a massa possessa desprendida
do espelho completo.
Agora afago o tremor das mãos
com seus drinques de jazz anoitecido.