RESTOS(OUTROS TEMPOS)
RESTOS(OUTROS TEMPOS)
A saudade da presença
A única que restou
Mesmo assim relativa
O resto
A tecnologia matou
Não há mais saudade
Das cartas com letras a mão
Escritas no bater do coração
Das fotos amareladas
Guardadas na carteira
Pr’uma vida inteira
Da lembrança que alguém trazia
Embrulhada ou amassada
Alimentando a fantasia
Da lágrima que escorria
Quando só na imaginação se via
Tudo morto nova vida
Instantânea e fria
Sem espaço para devaneio
Num tocar de dedo
Na palma da mão
Sem abraço sem carícia
Sem beijo sem malícia
Sem paixão
Apenas banal função