CIGANINHA
Decerto me tens à palma da mão
linhas curvilíneas da estrada
lendo a vida a cigana depara,
com teu destino incerto declama
que teu amor indissolúvel
diz que não mais te ama.
Oh! inspiração sem conceito
da bola de cristal que mente
à boca demente recita,
o que os olhos jamais ver
por experiência do amor sofrido
a ciganinha desengana o teu ser.
Quem não sabe que no amor se sofre...
quem não sabe que decepção existe...
quem nunca teve desilusão...
quem nunca sofreu solidão...
quem nunca sonhou com o beijo...
daquele amor que é teu segrêdo?
Oh! bola de cristal que mente
delira a ciganinha a sua flerte
a presença desse ser carente,
é por ti oh linda ciganinha
que meu amor não declama
tudo que por ti ele sente.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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31/05/2018