Sobrevivente
Para conviver com a segurança do raso
Para aquela flor, procurando um vaso
No infantil da rima esperada
O mesmo caminho, a mesma estrada
Ou numa trilha forjada à facão
Marchando para desvendar sua paixão
Descobrindo um lago de águas paradas
Aonde você chegando perto da beirada
Salte e mergulhe buscando o fundo
Sem medo da craca, do imundo
Pois o que estava assentado era só lodo
E a limpidez desta água era um engodo
Quem sabe na aventura pelo escondido
Destruam-se idéias de heróis e bandidos
E o perdão venha para o sobrevivente
Pois na vida a rima é indiferente
E o importante na poesia é amar
O resto que fique com sua sina de sobrar.