Assum-Preto!
Assum-Preto!
Escuto um canto sofrido
De um Assum Preto tristonho
Muitos morreram feridos
Noutros morreram os sonhos
Um negro alto e forte
Na pele brilho marcante
Os braços pareciam asas
De um Assum-Preto gigante
Era um pássaro virtuoso
Dócil como uma boa mãe
Tinha asas de aconchego
Era um anjo das nações
Seus dentes de tão brancos
Destacavam-se a luz da lua
Ao sol sua pele brilhava
Quando estava na charrua
O coração desse homem
Resplendia em fachos luz
Suas lágrimas era Piedade
Essa a força que o conduz
Coragem dizia em canto
Batendo o seu tambor
Para acalmar o pranto
Daqueles ao seu redor
Oh! Assum-Preto querido
Assim dizia a Piedade
Não me deixes aqui longe
Minha vida é a saudade!
Arrancados de seu povo
Quando partiram presos
Já pressentiam seu luto
Na terra apenas degredo
Oh! O Assum-Preto chorou
Pois não tinha solução
Estavam sendo traficados
Para a estranha nação
Ali fora de novo escravizado
Sem rota nem direção
Apenas o que podia
Era chorar a canção
Apenas trancafiado
Na gaiola do capitão
O que um preto quer
Trabalho e libertação
Preto nunca se iludira
Já pressentia maldade
Ser levado às pressas
Para outra sociedade
À frente, seus amigos
Notava apenas terror
No olho o desespero
Saudade da Irmã Fulô
Quando se viu num país
Longínquo e promissor
Não se iludiu, pressentira
Que seria do seu senhor
Não teria a liberdade
Trabalharia até à exaustão
Família seria entregue
Aos caprichos de um patrão
Pouco tinha pra comer
Muito menos cobertor
Moravam numa senzala
Nas palhas faziam amor
Assum-Preto, logo viu
Que esse filme tão cruel
Seria o seu triste destino
Nas mãos de um “coronel”
Mas o sonho de liberdade
Não morre com as hóstias
Venceria com a dignidade
Deixaria obras póstumas!
Assum-Preto!
Escuto um canto sofrido
De um Assum Preto tristonho
Muitos morreram feridos
Noutros morreram os sonhos
Um negro alto e forte
Na pele brilho marcante
Os braços pareciam asas
De um Assum-Preto gigante
Era um pássaro virtuoso
Dócil como uma boa mãe
Tinha asas de aconchego
Era um anjo das nações
Seus dentes de tão brancos
Destacavam-se a luz da lua
Ao sol sua pele brilhava
Quando estava na charrua
O coração desse homem
Resplendia em fachos luz
Suas lágrimas era Piedade
Essa a força que o conduz
Coragem dizia em canto
Batendo o seu tambor
Para acalmar o pranto
Daqueles ao seu redor
Oh! Assum-Preto querido
Assim dizia a Piedade
Não me deixes aqui longe
Minha vida é a saudade!
Arrancados de seu povo
Quando partiram presos
Já pressentiam seu luto
Na terra apenas degredo
Oh! O Assum-Preto chorou
Pois não tinha solução
Estavam sendo traficados
Para a estranha nação
Ali fora de novo escravizado
Sem rota nem direção
Apenas o que podia
Era chorar a canção
Apenas trancafiado
Na gaiola do capitão
O que um preto quer
Trabalho e libertação
Preto nunca se iludira
Já pressentia maldade
Ser levado às pressas
Para outra sociedade
À frente, seus amigos
Notava apenas terror
No olho o desespero
Saudade da Irmã Fulô
Quando se viu num país
Longínquo e promissor
Não se iludiu, pressentira
Que seria do seu senhor
Não teria a liberdade
Trabalharia até à exaustão
Família seria entregue
Aos caprichos de um patrão
Pouco tinha pra comer
Muito menos cobertor
Moravam numa senzala
Nas palhas faziam amor
Assum-Preto, logo viu
Que esse filme tão cruel
Seria o seu triste destino
Nas mãos de um “coronel”
Mas o sonho de liberdade
Não morre com as hóstias
Venceria com a dignidade
Deixaria obras póstumas!