O silêncio da tarde e outros barulhos...

O silêncio da tarde

Os braços abertos

E o céu cabe no meu sonho azul

Converso com as nuvens

apenas com o meu olhar

Rezo em silêncio, assim como a tarde flui

Peço do tempo, um pouco do seu andar

Mas tenho a ingrata vida

Agradecido

Por ter esse único fôlego

Por ser este vento breve

esquecido

Eu sinto pelos joelhos dobrados

E pelo chão quente

O meu templo aberto

O meu destino jurado

de morte

Enquanto há sorte

E o silêncio da tarde

crente

Calmaria

Naufrago com a luz do sol

Fecho os olhos

e me abro em nuvens

Que se vão

Confundo o azul do céu

com o meu chão/colorido

Nado contra o vento

O ar é o meu sentimento

E eu voo

Apenas alma

O sol brilha nas construções

No verde das árvores

Nos anos de minha vida

Envelheci com o entardecer

Sou amarelo alaranjado

Como as cores das casas antigas

O meu sorriso voa com os pássaros

Protegido nas sombras de minha alma

Embaixo da janela