CATARATAS DO SONHO
CATARATAS DO SONHO
Os sonhos já cansados e abraçados
pelo tempo, não conseguem mais andar
pernetas, não dormem os sonos dos anjos,
para que n'outro dia acordem sorrindo.
Vivem com dores lombar e com cataratas
nos olhos, perderam a direção
e não conseguem mais olhar o futuro.
Estão banhados pelos descasos
lutam para serem donos do prumo
e se perderam sobre rumo do mundo.
Uma vez e outra o sonho acorda feliz
sim, sentem felicidade no dia que adormece
para o futuro, e acorda sob o tempo da juventude.
É nesse dia que o sonho viaja nas asas
da saudade, saudade do pula corda pião
amarelinho, peteca saudade da inocência
e da coerança do coração.
Saudades do calor do lar
carinho da mamãe, chamado do papai
e os entrevero dos irmãos.
Aquele pilão o quintal
a cacimba, água da bica
estilingue, brinquedo do mal
os burcos e as bolitas.
Sonhos que seguem sonhando
sem nunca arredar os pés
enquanto o tempo vai arrastando
tudo aquilo que o sonho quer.
Antonio Montes
CATARATAS DO SONHO
Os sonhos já cansados e abraçados
pelo tempo, não conseguem mais andar
pernetas, não dormem os sonos dos anjos,
para que n'outro dia acordem sorrindo.
Vivem com dores lombar e com cataratas
nos olhos, perderam a direção
e não conseguem mais olhar o futuro.
Estão banhados pelos descasos
lutam para serem donos do prumo
e se perderam sobre rumo do mundo.
Uma vez e outra o sonho acorda feliz
sim, sentem felicidade no dia que adormece
para o futuro, e acorda sob o tempo da juventude.
É nesse dia que o sonho viaja nas asas
da saudade, saudade do pula corda pião
amarelinho, peteca saudade da inocência
e da coerança do coração.
Saudades do calor do lar
carinho da mamãe, chamado do papai
e os entrevero dos irmãos.
Aquele pilão o quintal
a cacimba, água da bica
estilingue, brinquedo do mal
os burcos e as bolitas.
Sonhos que seguem sonhando
sem nunca arredar os pés
enquanto o tempo vai arrastando
tudo aquilo que o sonho quer.
Antonio Montes