Café Poé
Quero me deitar neste divã
E para iguais vomitar poesias
Falar do ontem do hoje e do amanhã
Das esperanças, tristezas e alegrias
Fazer na alma uma devassa
Mas não pensem que procuro a cura
Berrar meu amor nesta praça
É apresentá-lo no estado “in natura”
E a imaginação avisa que não deve obediência
E pretende me libertar de alguma cadeia
Pois no exercício de transcrever minha essência,
Exorcizo a paixão que me incendeia
E para os que acham que não estou são
Que do juízo eu esteja desprovido
Que aspiram me encaixar em algum padrão
Aviso que prefiro ser louco varrido