INDIFERENÇA

Posso até capengar e sofrer de amor,

Todavia não estou condenado à morte...

Sou livre, liberto do que é alcunha forte

E destemido para enfrentar o que é dor.

Posso até ser verme, mas não me ultrajo,

Valorosa é minha consciência sem alfinete

Visto que especial é o meu íntimo sabonete

Que me perfuma e me torna um belo gajo.

Posso até ser imundície, isso não importa,

Pois bebo e como do melhor como a torta

Que me lambuza a boca e me tinge os lábios...

Posso até ser meio tolo... Ah, coisa de gente

Meio rabugenta, diz que dói o que não sente

E que jamais entenderá o âmago dos sábios!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 29/05/2018
Código do texto: T6350208
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