DespertaDOR
Acordei e dormi por inúmeras vezes
Fui e quase não voltei
Na rodoviária, um adeus
E aquela hora, o medo desembarcara
Crescia e morria a medida das perdas
E sofrer era tão comum como sorrir para fotos
Fingi não chorar, fingi que aquilo não era nada
Nos palcos da vida, as cortinas com pétalas secas se fecharam
Jardins sem cores, um céu triste sem azul
Mundo cru, dissabor, alguns vazios na minha cabeceira
Em utopias desenhadas em quadros sem paredes
Em poemas mascarados por faces que doíam, essas eram compradas em mercados sociais
As dores podem ser nutridas todo amanhecer
O DESPERTA DOR, são lembranças que insistimos em resgatar na nossa memória.