NO AVESSO DO VERSO
NO AVESSO DO VERSO
No avesso do verso
Perambulam os dias de espera
O inverno permeia as ilusões
A sombra assanha o sono
Desnuda a alma
Amedronta a máscara
Almeja o silêcio
Na ausência silente do verso
Um mistério estranhamente certo
Vento que surra e assusta
Desânimo e lamento
Austero e indesejável momento
Quando o verso assume a cena
Refaz e recria a razão
Revela a alma lavada
É como saber seduzir
E basta para flutuar