A LUTA PELO DIREITO
Tiro no peito
Jorra sangue vermelho
De vivo jaz morto
Uma hora era um corpo
Que brania com punhos fechados
Contra as armas duras da repressão
Fumaça negra nos olhos
Era pouco para a luta no chão
Sonhava ser livre
Na expressão de palavras
Cantadas ao vento
Pregava na surdina o direto do homem
Muitos fechavam os olhos
Tampavam os ouvidos
Satisfeitos com a situação
De algemas na alma
Martírio no coração
Acostumados com o falar moldado
Só o jovem sonhador
Acalentava no peito
A mudança que não veio.