A LUTA PELO DIREITO

Tiro no peito

Jorra sangue vermelho

De vivo jaz morto

Uma hora era um corpo

Que brania com punhos fechados

Contra as armas duras da repressão

Fumaça negra nos olhos

Era pouco para a luta no chão

Sonhava ser livre

Na expressão de palavras

Cantadas ao vento

Pregava na surdina o direto do homem

Muitos fechavam os olhos

Tampavam os ouvidos

Satisfeitos com a situação

De algemas na alma

Martírio no coração

Acostumados com o falar moldado

Só o jovem sonhador

Acalentava no peito

A mudança que não veio.

Márcia Greis
Enviado por Márcia Greis em 29/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
Código do texto: T6349703
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