# SEMPRE UMA CASA ANTIGA
A rua não muda. As pessoas crescem.
O sol e a lua, brilhantes aparecem.
Os dias em fileiras, vem e vão.
Mas no jardim, as plantas florescem.
Mas, se anos a fio, esvaíram no tempo,
Onde andará aquela gente, daquela casa?
Se os velhos são encontrados nas lápides.
Que é feito dos novos? agora já velhos?
Pouco deu falta de alguém uma garrincha,
Beliscando assanhada o tronco da goiabeira.
num vidro quebrado desliza uma biba arisca,
Não quer virar petisco do sabiá laranjeira.
Estranho barulho vem do passeio quebrado,
É um besouro bolino vazio vidro de refrigerante.
Morcegos saiam de vãos nas telhas francesas.
O vento fazia ranger a porta, quase apavorante.
Algum reminiscente, não da casa, mas, da rua,
ruas de outro tempo. não daquela rua atual
matuta as ideias em dúvidas saudosas, parado.
pensa em um morador mas não lembra qual.