BRISA NO PARQUE
Andando pelo parque parei e dei um trago
De repente eu brisei e deitei perto do lago
Foi quando imaginei o Galvão Bueno gago
Dando trote no Temer de um celular pré-pago
Ri tanto, que me deu uma larica danada
Reparei que vinha passando a tia da cocada
Mandei um "ae tia, quanto custa essa parada?"
Ela disse "vintão", e eu vi que era cilada
Me deu tamanha sede que fiquei meio rouco
Então eu fui atrás do tio da água de coco
Que me atendeu mal e malhou um real no troco
O coco custa cinco, e ele ainda acha pouco
E vi uns estudantes falando de uma greve
A respeito de um tal vampiro que nos deve
De um impostor impositor que em breve
Nos aprisionará como moscas na teia que ele veve
Então fiquei pensando nas mentiras estatais
Como podem ser o direito e o dever tão desproporcionais?
Direito que se faz direito, não se faz com ideais
Mas por que o direito de existir só existe entre os animais?