Medo, medo, medo...

Medo, medo, medo ,medo

É o medo que existe

Medo, medo, medo, medo

E assim o medo insiste

O medo é medonho e tem chifre

É o senhor do incapaz

Mesmo com medo se resiste

E se avança um pouco mais

É o medo de viver

Sem dinheiro nem paga

É o medo de colher

O fruto da desgraça

Medo pode ser prudência

Em demasia é opressão

Medo pode ser decência

E as vezes excomunhão

Medo as vezes é preciso

Para se tomar passo seguro

É o medo muitas vezes

É um Porto Seguro

Medo, medo, medo, medo

Medo em demasia

Daquilo que não se conhece

De não ser hipocrisia

É o medo de nascer

E o medo de andar

É o medo de crescer

E o medo de falar

É o medo de chorar

E o medo de sorrir

É o medo de engravidar

E o medo de parir

Medo, medo, medo, medo

Medo do velho mundo

Medo da superfície

E do mergulhar profundo

Medo, medo, medo, medo

Medo que atravessa o mundo

É violência que cresce

Assim é que eu sucumbo

Aos poucos vou me encolhendo

Sem saber o que fazer

Com medo de ser morto

E com medo de viver

Medo, medo, medo, medo

Medo de envelhecer

De não ter ninguém comigo

Quando de noite escurecer

Medo, medo, medo, medo

Do que se foi e do que se vem

Não quero escolher o medo

Mas ele é que me detém

Não tenho mais liberdade

De tanto medo sentir

Como ter a liberdade

O medo vive a me oprimir

Outro dia ouvi dizer:

Que o que me falta é fé

A Coragem de viver

Para me manter de pé

Refletir sobre a coragem

Mas não se ter ilusão

É saber que na verdade

O medo é uma construção!

Reijane Brasileiro
Enviado por Reijane Brasileiro em 27/05/2018
Reeditado em 26/07/2018
Código do texto: T6347877
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