Calaram a poesia.
Calaram a poesia.
A poesia se calou diante de tamanha brutalidade, fez-se o silêncio no meio daquele sorriso que não mais se pode ver e nem tão pouco receber, por tamanho torna-se cada vez mais a frieza do ser que não mais parece ser tão humano quanto deveria ser, confunde-se posse com sentimentos puros, dizem amar, mas não permite-se a liberdade de escolha inerentes a cada um arbitrar sobre sua própria vida.
A poesia se calou, diante da crescente covardia de seres que se julgam Senhores soberanos do desejo que o outro possa vir a ter, se contrária à sua vontade, lhes tira a alegria da vida, pois em nome e revestidos de todo egoísmo não mais é permitido, por que é amor? Não, por que são mimados e não reconhece o seu próprio limite, não permite-se ser contrariado e nenhum outro é permito dizer-lhe,não, tiram da divindade o livro da vida de seus filhos e não mais lhe permite seus planos e sonhos traçados.
A poesia calou se diante de tanta intolerância, preconceitos, insegurança, possessividade, impunidade, covardia e por tanta falta de responsabilidade com a afetividade alheia tudo se torna frio, sem versos para inspirar seu poeta, ela se calou e partiu, para onde? Ainda não sei dizer, mas que aos que ainda resiste humanidade em seus corações lhes dêem voz, a tua voz com um brado de paz faça florescer o verdadeiro sentido do amor puro e solidário.
Que a poesia não se cale mais e cante seus versos no sorriso e na alegria de sermos felizes.
Maurício Cláudio.