IRREMEDIÁVEL
Quero
Um silêncio puro
Uma nesga de azul
A borboleta do teu ombro
Os rearranjos da memória
Ante o inevitável
Quero
O barulho da tarde
Desistir do silêncio
Tão falso quanto o azul
Acima das nossas cabeças
Sonhei com Ana Maria
E não havia borboleta nenhuma
Apenas a irremediável solidão
Num sobrevoo rasante
Me levando à loucura