LAMPIÃO DE GÁS
LAMPIÃO DE GÁS
Fernando Alberto Salinas Couto
Aquele velho lampião de gás,
refletido nas pedras da rua,
recorda um passado inteiro...
Passado de muito amor e paz,
ao encanto da romântica Lua,
inspirando algum seresteiro.
Seresteiro de coração terno
que, com uma intensa emoção,
oferece a mais linda melodia,
declamando seu amor eterno
e cantando com o seu coração,
com delicadeza e harmonia...
Ó lampião de gás tão saudoso,
teu fascínio se fazendo forte,
engrandece com feitiço jeitoso,
o que há entre a vida e a morte.
RJ – 21/05/18
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Agradeço a bela interação enviada pelo nobre poeta
Jacó Filho
ANTIGAMENTE
A iluminação precária,
Sem obstruir as estrelas,
Os boêmios podiam vê-las,
Fazendo canções lendárias,
Sem pensar ao escrevê-las,
Por forças extraordinárias...
Os lampiões tremulando,
E a lua nas noites frias,
Quase sempre escondiam,
Das moças transitando,
O que elas pretendiam,
Ao passarem os olhando...
Os poetas sem maldades,
E paixões à flor da pele,
Seu sentir manda que zele,
A própria felicidade...
E a inspiração compele,
Ao belo para eternidade...
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