O LAMENTO DO HOMEM AZUL SALMÃO
Eu nada busco nas questões da política.
Eu nunca fiz parte dela, simplesmente finjo entender razões...
E não sei apenas que o mundo é bem ou mal
Que toda gente só procura a solução do próprio caos,
Nem é desta esfera azul... Por pobreza humana
Quão o sonho do mundo se lhe mostrarão um fim displicente!
É o meu Demônio da Guarda tantos políticos, eu somente,
E quem lê os meus versos afinal tem o dissabor dessa nulidade revoltante e moralmente decaída...
Há enquanto o mundo dança em torno do Planalto Central se esbarra na hecatombe homérica e decaídamente,
Vivi regendo uma comédia augusta sem inferno ou inverno ou Paraíso sem paz neste país onde putas e cachorros fazem amor por ratos engravatados que perecem no próprio vômito.
No meu mundo novo e vazio Brasil de retumbantes Trebizonda...
Sou entre milhões mais um louco, os vivos estraçalham mortos
E crianças estimuladas aclamam e devoram os lobos de Brasília a mítica entre pousos de discos voadores europeus,
Nossa esperança é decrépita e barulhenta... Vermes são guardados nos ternos alemães... E na atmosfera do fim cabal pecadores que gemem com fome de Mamom.
Nossos iguais preconceitos de quem não tem é a esperança que mingua no prato cheio de larvas entre cédulas de cem reais com sangue de nós os culpados!...
Deus salve a Via Láctea do caminho podre da justiça!