O LAMENTO DO HOMEM AZUL SALMÃO

Eu nada busco nas questões da política.

Eu nunca fiz parte dela, simplesmente finjo entender razões...

E não sei apenas que o mundo é bem ou mal

Que toda gente só procura a solução do próprio caos,

Nem é desta esfera azul... Por pobreza humana

Quão o sonho do mundo se lhe mostrarão um fim displicente!

É o meu Demônio da Guarda tantos políticos, eu somente,

E quem lê os meus versos afinal tem o dissabor dessa nulidade revoltante e moralmente decaída...

Há enquanto o mundo dança em torno do Planalto Central se esbarra na hecatombe homérica e decaídamente,

Vivi regendo uma comédia augusta sem inferno ou inverno ou Paraíso sem paz neste país onde putas e cachorros fazem amor por ratos engravatados que perecem no próprio vômito.

No meu mundo novo e vazio Brasil de retumbantes Trebizonda...

Sou entre milhões mais um louco, os vivos estraçalham mortos

E crianças estimuladas aclamam e devoram os lobos de Brasília a mítica entre pousos de discos voadores europeus,

Nossa esperança é decrépita e barulhenta... Vermes são guardados nos ternos alemães... E na atmosfera do fim cabal pecadores que gemem com fome de Mamom.

Nossos iguais preconceitos de quem não tem é a esperança que mingua no prato cheio de larvas entre cédulas de cem reais com sangue de nós os culpados!...

Deus salve a Via Láctea do caminho podre da justiça!

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 20/05/2018
Reeditado em 20/05/2018
Código do texto: T6341834
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