Bastava amar
Não se pode confiscar o amor real
e guardá-lo incólume soberano
Há que reconhecê-lo humano
e tantas vezes banal.
Sei estar feliz, mas não inteira:
Navego em mares escondidos.
Sorrio sorrisos convencidos
Vou indo sem eira, nem beira.
Não se pode anular o surreal
E negá-lo inexistente, insano
Há que prová-lo crucial
E abraçar gentilmente esse dano.
Ai, quem me me dera um amor pra não explicar...