rio da vida

Ouço a noite

E a noite ouve

Outras noites que admiram,

Ouço a estrada na chuva

a alegoria do mundo desfeito

muros, canteiros, flores que já não cheiram,

cores que já não toca algum lugar,

sei de mim e das travessuras da fortuna,

o tempo se acumula como se não houve outros dias.

Não há um só bosque de descanso.

A terra viva grita sua dor pela estrada.

Amo e sou amado, entro no rio da vida,