Toda a falta de quem ama...
É sobreviver.
E na oculta falta...
Permanecer-se nele...
A engolir todo o orgulho...
Para o remanescer tocar a pele...
E ser feliz na imaginação.
Toda falta de quem ama...
Defende mesmo que em ruínas...
O epicentro dos tremores...
A entrada das brincadeiras...
E as brigas das reconciliações.
Ahhh...
Essas reconciliações !!!...
Vive das sobras de forças...
Devastadas.
O fulgor desse devastar
É um conservante...
Que ultrapassa todo arrependimento.
E no formol da loucura...
O silêncio formaliza...
A novena do corpo nu.
Igual ao começo das realizações...
A açoites livres de riscos...
Das verdades que cala o peito.
Amar em sua falta...
É alma que vagueia em suas...
Horas mortas.
E para se livrar dos riscos...
Se deve dosar.
E na proporção paciente...
No certo e apropriado momento...
Este amar se refaz...
Com o apagar do pequeno...
Para se afoguear...
Por algo correspondido.
Romilpereira