No instante que coube
Vamos brincar de tempo será
rodeado pela lua a esconder argênteo
claro-escuro nos véus da delicadeza que
evolara. Arregaçar a bruma da colina
alheia à prosódia.
Libérrimos transluzidos à mercê da laguna
berçando a bem-aventurança dos círios serenos
em parlendas oriundas do idílico óleo da
alma quase explorada.
No footing ver-te terçã no meu onírico espaldar
atingido pelo alarido do rega-bofe do amador
como que aberto beira-mar. Hospedada impressão
jaz de acordes dissonantes.
Ergue-se um doar-se reluzente íntimo na permuta
desanuviada sobre a relva alaranjada e desfeita
em orquídeas corrompidas na quimera das naus
famélicas.
Textura de infinito. Camadas de opala donde oiço
o sol volumoso num gorjeio. Brinquemos e
plasmo-te juntos (coso o nume retido). Tu
és curso d'água grávido de corolas anônimas
na redoma noturna.