No instante que coube

Vamos brincar de tempo será

rodeado pela lua a esconder argênteo

claro-escuro nos véus da delicadeza que

evolara. Arregaçar a bruma da colina

alheia à prosódia.

Libérrimos transluzidos à mercê da laguna

berçando a bem-aventurança dos círios serenos

em parlendas oriundas do idílico óleo da

alma quase explorada.

No footing ver-te terçã no meu onírico espaldar

atingido pelo alarido do rega-bofe do amador

como que aberto beira-mar. Hospedada impressão

jaz de acordes dissonantes.

Ergue-se um doar-se reluzente íntimo na permuta

desanuviada sobre a relva alaranjada e desfeita

em orquídeas corrompidas na quimera das naus

famélicas.

Textura de infinito. Camadas de opala donde oiço

o sol volumoso num gorjeio. Brinquemos e

plasmo-te juntos (coso o nume retido). Tu

és curso d'água grávido de corolas anônimas

na redoma noturna.

André SS
Enviado por André SS em 19/05/2018
Código do texto: T6340905
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.