Cifra
Como num simples toque, Gerando um singelo som… me encontro em meio a um breve devaneio sob as cordas de um violão.
E neste pouco tempo falando sobre o som, que o próprio vento ecoa… Forma se a melodia! Que faz se do movimento em suas mãos...
Enquanto ao desenvolvimento, a melodia mesmo que tardia, gera em forma de poesia o momento!
E cada corda em sintonia, cada nota em harmonia, diz o real motivo! O temor retraído, a saudade ao relento.
Dentre outros movimentos o dedilhar se perde… e junto a ele vem o sentimento! O entendimento mesmo que por pouco tempo.
De uma nota escondida… ouvida porém não sentida! tocada, escrita, mas nunca redigida!
E em meio a multidão que parece não prestar atenção, nada mais consigo ouvir, além do sol, do lá, do si…
A cada vibração, vem do fundo a noção! Das partes de um inteiro, separadas… esquecidas…
E em mim forma se a empatia! Em forma de utopia! Porém logo vem angústia trazida pela sua avaria…
E agora vai se esvaindo a tal melodia... Pouco a pouco, nota após nota… e das últimas cifras, reduzidas agora a cinzas... Sobram apenas as breves lembranças da sua ousadia...
Enfim o silêncio! Que mesmo ao mais alto som, se faz absoluto…
Percebo então que não estive em mim durante esses minutos...
Volto e revejo… um ambiente agitado, a mesa cheia, o barulho ao meu lado… E eu aqui! Em devaneio, ao o som do seu violão...