FUGA

Na fuga

transmuto meu ponto

de mutação,

enquanto as alcateias

se ajoelham

diante dos altares

afiando dentes e garras

uivando versículos

como ventríloquos obsoletos.

Quem está

no controle dos sinos

da noite descontrolada!

Com uma bomba

desenhando cogumelos,

ficou fácil

a Excalibur ser retirada.

Só ouço

canções doentias,

amontoados de doentes,

e quase nenhum grito

de socorro.

Cercaram a razão

com as miragens

do arame farpado.

Não sigo

a devoção de nenhum

macho alfa.

Desenho sozinho

os desenhos cegos

da minha fuga.