ASSOMBROS E ESCOMBROS

ASSOMBROS E ESCOMBROS

Entre assombros e escombros

Seguem vivos os cadáveres

Desencontrados na bondade inversa

E os versos explodem em protesto

Para tudo e todos os restos

Que perambulam por terras e oceanos

Entram e saem anos

Nas barricadas erguidas

Pelas ruínas de egoístas angustiados

Vivendo em castelos de areia

Que ondas solapam

E naufragam em sombras

Entre sonhos pesadelos e delírios

Surgem mãos procurando braços

Braços procurando abraços

Que sejam pontes e fontes

D’outro porvir

Com novas paisagens

Em que o odor não seja nauseabundo

Seja inebriante

Aroma de um novo mundo

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/05/2018
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