ASSOMBROS E ESCOMBROS
ASSOMBROS E ESCOMBROS
Entre assombros e escombros
Seguem vivos os cadáveres
Desencontrados na bondade inversa
E os versos explodem em protesto
Para tudo e todos os restos
Que perambulam por terras e oceanos
Entram e saem anos
Nas barricadas erguidas
Pelas ruínas de egoístas angustiados
Vivendo em castelos de areia
Que ondas solapam
E naufragam em sombras
Entre sonhos pesadelos e delírios
Surgem mãos procurando braços
Braços procurando abraços
Que sejam pontes e fontes
D’outro porvir
Com novas paisagens
Em que o odor não seja nauseabundo
Seja inebriante
Aroma de um novo mundo