Dormindo com o poema 


Deito-me com um poema
Nem sei o nome...(anônimo, então)
Inspiro sonhos em suas letras 
Crio os versos na hora perfeita 
Na fase do sonho bom
Deixo na  página  branca
manchas de batom 

Fantasio sedutoras estrofes 
Ousadas e  Profanas
Vagueio em estilos diversos 
Perco os  limites e acesso
a famigerada sina do seu famoso verso.
Juntos, eu e o poema, outro universo. 

Na noite longa submeto-me à  sua louca magia
O poema fala  e me contradiz 
A noite é  longa e o poema é pura boêmia 
Quando durmo com ele, sou eu, aprendiz

O poema não adormece
Faço um cântico a nós 
Versos brancos antes e após 
O poema vira  então uma prece

Lá  vai sumindo a intensa madrugada
Manhã que afugenta a orgia literal
Vejo rabiscos em uma página rasurada
Aguarda ali o poema , seu verso final!



Agradeço a bela participação do Poeta Olavo

Meus poemas nascem da insônia 
No meio das madrugadas 
Aparecem sem medo e cerimônia
Pra cortejar suas amadas.






 
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 16/05/2018
Reeditado em 17/07/2018
Código do texto: T6338340
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