Entardecer
N'augusta luz de outras eras,
que traz-me á lembrança.
Escrevo e cada verso uma quimera,
brada-me, soa e dança...
N'alma queda e cálida,
que em mim estas sempre a sonhar.
Sair um dia dessa crisálida,
livre indo pelos ares a voar.
A paz floresce e dos cálices da vida, o vinho
sorvo na mansidão de outro poente...
Vendo-te que vai sozinho,
outra vez triste e silente.