REGRAS?
(Sócrates Di Lima)
Eu não escrevo poema,
Eu não escrevo poesia,
Eu disserto um tema,
Eu crio minha fantasia.
Escrevo versos de amor,
Escrevo versos de saudades,
Escrevo verso de dor,
Escrevo as minhas verdades.
Não me qualifico escritor,
Tampouco um poeta,
Hás em alguns textos que sou fingidor,
Finjo que sofro uma cicatriz aberta.
Se eu rimo ou não rimo,
Vai da minha percepção mental,
E com isso me animo,
Para escrever algo legal.
Não tenho regras de fato,
Um poema, uma poesia, um soneto,
Um conto, uma crônica, um ato,
Ou um ferrão na ponta de um espeto.
Sou um escrevedor,
Daquilo que meu pensamento verga,
Meus textos pra mim têm valor,
Quando um leitor minha alma enxerga.
O que me importa,
Neste vasto caminho,
É que por traz da minha porta,
Existe uma caneta e um pergaminho.
E assim escrevo,
O que o momento me faz escrever,
Até humor eu trago no acervo,
Na versatilidade do meu bem querer.
Assim, na singeleza dos meus temas,
Transcrevo minha alma e coração,
Se são poesias ou poemas,
Não importa, o que vale é a minha emoção.
E por isto, ao escrever, não tenho regras nem doutrina,
Nem obedeço a ritos dos poetas consagrados,
Obedeço a mim, ninguém nada me ensina,
Escrevo sobre qualquer tema, mesmo desregrados.