Mãe

Mãe, minha mãe

Te vejo nas coisas mais simples e inusitadas

Te vejo pelos canteiros a plantar cravos, dálias...

E a perseguir a rosa azul

Te vejo serena e sofrida

Te vejo tão bela e recolhida

Te vejo no céu como uma estrela solitária

Te vejo humilde no apogeu e resignada na queda

Te vejo e te sinto de tantas formas tristes e bonitas

Que me afasto para não chorar

E não morrer de dor, encanto e sufocamento