ATENUA

ATENUA

Dentro da noite
ébrio debruça na calçada
odalisca se arrisca na praça
o medo sussurra sua surra
nas placas tremula da ótica.

Tudo é vão
existe uma brecha no tempo
e o sentimento vaga pelas mãos
os nervos tremem a alma geme
na hora do apavora...
O surdo ouve o tic-tac do coração.

Olhos felinos laminam o breu
e esgueira no excesso de confiança
saudade dos seus edita o tremor
e o não ateu atenua a esperança.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 12/05/2018
Reeditado em 14/05/2018
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